segunda-feira, 4 de abril de 2011

moral

cada palavra mordida
toda merda é pronunciada
com a convicção escrita
na justiça anunciada
e cada mão que alimenta é injustiçada.

eu vou roubar das bocas famintas
convenção que se dane...
eu sei quem eu sou e sei algumas palavras
mas tudo são apenas porras fodidas demais

não pode-se ignorar,
duas vezes nessa vida amarga,
ser acolhido em seus seios
mas, despreza-me de tal maneira
que apenas eu sei como sentia-me

o que significa ser alguém
e o que isso significa...
coisas que eu aprendi ao longo do caminho
enquanto escutava sua música
então eu ria e você ria
então chorarei e você chorará
então eu vou tentar tudo outra vez,
mas sorria para eu sorrir...

jogue suas mãos para os céus
que vinte anos não vão terminar o seu reinado,
o reinado de um terror sem fim
que a chuva nos traz...

a chuva que rompe o céu e nos dá esperança
para o fim dessa longa e sofrida noite
a espera da luz vermelha do céu pela manhã

a verdade é que em alguns dias, quase todos,
eu não tenho nenhuma moral
a verdade é que eu deixei minha moral no banheiro junto com sua lembrança

e esse é o tipo de de inimigo que obscurece o âmago em mim...

minha carência e minha descrença
dou um passo para trás enquanto viro as mangas de minha camiseta e
leio livros e escuto álbuns, relaxando...
isto é algo que você não esperava encontrar...

sacudir os reis para elevar as suas torres, algo que é difícil,
para cuidar dos bandidos reais
e para não tirarem seus traseiros gordos de seus tronos...

diga-me,
quando você olha nos meus olhos quem você vê?
quando você olha em meus olhos, quem sou?
quando você olha nos meus olhos, o que você encontra?

il y a encore des noisetiers

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