segunda-feira, 18 de abril de 2011

condenar

desenhar seu rosto na noite
caminhar pelas ruas
imaginar o nosso tempo
cada passo é um caminho para a tristeza

fica difícil respirar
aquela sensação de tudo queimar
parece a primeira vez
a chama apaga a cada dia

foi como uma brisa do mar
como respirar fundo e soltar o ar
aquela sensação de tudo estar perfeito
como nossas mãos entrelaçadas nas tardes de inverno

só fechar os olhos para você aparecer
acabando comigo a cada pensamento
destruindo minha sensação de paz
uma melancolia profunda acaba de começar

esquecer jamais, lembrar sempre
trazer essa bagagem comigo
hei de levar aonde eu for
corrompido eu fui

só nos meus sonhos tenho você
é impossível não pensar em você
era tão bom sempre contar contigo
doce alma que eu amei

naveguei por um mar
onde meu barco vai ficar no porto
soltei a âncora
e não sei quando vou conseguir puxá-la

areia nos meus pés
o mar gelado abraçando
olho para o leste
e acordo

tudo tem seu preço
tudo tem seu fim
tudo que foi vivido
como eu vou esquecer o que foi perfeito? ...

il y a encore des noisetiers

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