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Eu, dono do blog, quero pedir a palavra pra falar de umas verdadeiras porras que me aconteceram nesse últimos anos que fiquei em casa observando cada uma dessas pessoas de merda que não merecem nenhum respeito. Claro que tem os que se salvam mas tem tanta porra nessa cidade e nas pessoas que eu conheço que eu vou falar umas coisas aqui.

Eu, adoeci, só hoje, depois de 2 anos praticamente estou voltando as atividades que eu realizava antes de ter esse transtorno do pânico, tachado por muitos como uma doença de 'merda', uma doença que tu pode rir e tirar da minha cara. Como se eu quisesse ter isso, como se eu quisesse ter escolhido ficar assim.

Eu praticamente perdi meus amigos. Eu perdi minha namorada, com quem eu namorei 2 anos. Eu perdi minha banda. Eu perdi contato com todas as pessoas que eu gostava. Eu realmente fiquei na merda por um bom tempo.

Mas nem tudo que aconteceu foi ruim. Eu conheci novas pessoas. Eu ainda não tenho as mesmas amizades que tenho antes mas tenho alguns amigos. Eu aprendi que lendo, você não vira o cara inteligente ou o "foda", você aprende algo diferente que, com certeza, faz bem para sua cabeça e você adquiri mais conhecimento.

Aprendi que música não faz de você um cara diferente mas sim faz com que você tenha uma fonte que te deixa bem. Aprendi que você sendo sincero as pessoas ficam magoadas (ou não, desculpem se eu sou). Aprendi a ter a minha opinião e a ter a minha personalidade. Aprendi que vale a pena ceder quando tem valor. Aprendi que nada torna você superior.

Sua personalidade e o jeito que você conduz sua vida são os maiores valores.

Antes (de eu adoecer), eu posso admitir, que eu inventava algumas coisas para as pessoas me valorizarem. Coisas, que eu percebi que, acontece muito e também é algo que eu parei de fazer.

Agora eu vejo o mundo de uma forma diferente. É claro que posso ser estúpido, grosso ou canalha. Todo mundo tem seus defeitos. Porém, aprendi com meus erros, que posso melhorar a cada vez que cair. Que consigo encarar a verdade quando é dita nos meus olhos.

Há certas coisas na vida que você não deve abrir mão. Amor, amizade. Eu sinto muita falta das minhas amizades, dos amores que eu tive, eu choro de pensar nas coisas que eu perdi nesse tempo que fiquei mal.

O que eu quero que vocês entendam é que eu não escolhi isso. Eu tentei. Eu tentei realmente vencer isso. O problema é que, nunca "algo" bateu de frente comigo do jeito que isso bateu.

Eu tive que, descer fundo na minha mente. Enfrentar as verdades. Coisas ruins que eu fiz. Olhei que, apesar do meu passado ter umas marcas ruins, ele tem algumas boas.

Sei que não sou um cara perfeito. Estou longe de ser um cara perfeito. Mas, a melhor coisa que eu aprendi é não desejar que coisas ruins que aconteceram comigo, aconteçam com outras pessoas.

O sentimento mais nobre do ser humano. A humildade, a sinceridade. O que acontece é que quando você passa por momentos difíceis você não deseja essas coisas a ninguém, nem a quem você não gosta.

Tantas vezes eu observei esse mundo. Essas pessoas que eu vejo. Eu observo todos vocês. Eu sei que vocês dão valor a coisas que eu também dava. Que isso é coisa de vocês. Eu me intrometi em algumas vidas para ajudar algumas pessoas, acredito que as tenha ou não.

Outra coisa importante é que nesse blog, eu posso escrever o que eu quero, porque é um lugar meu. Se você realmente não gosta do que eu escrevo, por quê, diabos, lê? Se eu escrevo errado, enfia a porra do dicionário (...). Enfim, se você não gosta, vaza bolha, eu divulgo isso para quem gosta de ler, para quem está afim de saber sobre minha vida e escutar minhas palavras. Claro que não sou o "ás" disso. Você pode comentar, é público, mas eu posso escrever o que eu quero, e você lê o que quer. Enfim, se não gostou, não tenha problema em comentar, só vira sua cabeça até sua bunda antes de falar algo que não precisa, venha falar comigo e tenha coragem de dizer na minha cara que tu não curte as coisas que eu escrevo. Porque eu tenho coragem de falar na cara das pessoas o que eu sinto.

Eu não consigo gostar de muitas pessoas. Eu acho tão fútil o jeito de algumas. Do mesmo jeito que elas devem me achar. Porém eu converso com elas, eu tenho um certo respeito para pedir como ela está e como vai a vida dela. Não é falso. Eu quero saber. O problema é quem não quer saber e faz isso.

Todas às vezes que eu saí a noite depois disso tudo. Algumas pessoas me olharam e disseram: "como é bom te ver aqui". Isso me fez muito feliz. Obrigado a cada uma dessas pessoas, de coração.

Eu nem deveria postar isso, mas vou... Porque quem lê meu blog e o acompanha tem direito de saber isso e eu criei isso com o intuito de desabafar as coisas pelas quais eu passei.

Eu, muitas vezes me senti mal. Vendo vocês saírem, irem aos lugares que queriam. Fazendo o que queriam. Livres. Eu, dói dizer isso, mas eu não conseguia fazer isso...

Toda vez que eu saía, durante um tempo, eu sentia meu corpo ficar estranho. Sentia um desespero, algo indo da cabeça aos meus pés. Um sentimento de insegurança. Dava vontade de abraçar alguém e ficar ali. Isso era tão ruim. Quando eu sinto isso eu lembro de tudo que eu já sofri por causa dessa ansiedade, desse transtorno do pânico, e vejo que cada passo que eu dou é enorme... Cada coisa que eu já fiz que, algum tempo atrás, eu não acreditava que faria normalmente.

Nem tudo na vida são flores. Eu sofri. Eu perdi um grande amor. Eu perdi, talvez, algo da minha vida.

Mas eu ganhei. Ganhei um novo jeito de olhar a vida. De valorizar as pessoas. Saber como é sentir-se bem e tranquilo. E em paz...

O que eu queria mesmo... é pedir o perdão de todas as pessoas que eu já magoei, porque eu dou perdão a todas que me fizeram mal.

Ninguém é perfeito. Converse comigo. Me conheça antes de falar algo. Eu mudei... Todo esse tempo, esses 2 anos, eu mudei...

Hoje, eu sou diferente. Diferente do que fui em 2010, 2009. Foi um período de transição. Sempre vou mudar, mas vou tentar sempre mudar para melhor...

Se você leu até aqui... um abraço e por favor, deixe um comentário. (desculpem os palavrões)

Um salve... abraços!