segunda-feira, 13 de setembro de 2010

procela

Pago uma divida
Mal justificada
De onde ela veio eu não sei
Mas para minha desgraça ela me pegou desprevenido

Vejo que 'carma' seria uma palavra inusitada
Porém tudo que se faz um dia se paga

Dizer que não vou cometer os mesmos erros
Seria a maior mentira que eu poderia inventar
Somos feitos a partir de erros
Erros e mais erros justificam nosso aprendizado

Tratar de expressar seus sentimentos
É a maior dose de felicidade
Mas para isso paga-se um preço alto
Tão alto como sua dignidade
(Se é que existe uma)

Fugir nunca é a resposta
Guardar-se e encontrar forças, também não
Encarar de frente e cair, também não é
Pensar e depois agir, talvez seja

Quem sou eu para falar algo?
Não vivi tanto assim para ensinar algo
Sofri o que poucos sofreram
Já cai na frente do meu adversário
E ele pensou que eu desisti

Assim como a lenda
Renascer das cinzas
Chamar o mundo
Retornar as raízes
Diferente...
Dessa vez clamando meu nome

Não ligo para o que pensam de mim
Não tenho a minima idéia do que é ter o mundo aos meus pés
Não sei escrever e não sei adivinhar pensamentos

Sei que sou mais um no meio de tantos
Com histórias para contar
De uma agonia que já foi demasiada
E agora que se esvai

Sonho abraçar minha filha
Não soltar ela e minha futura esposa
Proteger elas do que eu já eu passei
Sei que não é possível

Mas hei de mover montanhas
Para dar tudo
A quem eu amar!

Um saaaaaaalve, abraços

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