sábado, 7 de maio de 2011

mártir

Definitivamente não estou nos meus melhores dias. Coisas idiotas estão me abalando. Esse outono que mais parece um inverno. Calor que não aquece mais, frio que não congela mais. Não consigo mais entender nada do que acontece.

Eu tento compreender o que acontece, tento me esforçar para ficar próximo das pessoas que eu gosto, ou que eu gostaria de ser amigo, mas simplesmente não tem mais a química que antigamente tinha.

Os dias estão cada vez mais acinzentados. Ao meu olhar, perdem sua cor, ficam mórbidos. Eu deveria mudar e acompanhar isso? Minha resposta é: não. Pretendo continuar com a minha personalidade, do jeito que sempre fui, mantendo meus princípios e apenas melhorando em erros que eu cometo e atingem outras pessoas.

Mas nesse mundo cheio de coisas estranhas e pessoas confusas o que me resta é conhecer alguém como eu. Sem idéia do que está acontecendo. Apenas acompanha a onda. Sente o vento nas costas, não se importa. Leva a vida do jeito que a quer.

O primeiro sopro do dia está começando com uma leve emoção. Memórias não abalam tanto quanto abalaram um dia. Mãos que vão, ou não, se entrelaçar revelam um destino estranhamente curioso. Aguardo pelos momentos que ficaremos sozinhos e o olhar revelará o que nós pensamos e as palavras hão de fluir.

O último brilho de esperança que choca-se com a parede é o mais intenso de todos. Por falta de espelhos para acompanhar o movimento, a estrela apenas parte em direção ao nada. Tão inexplicável e tão exorbitante. Fato que atravessa nosso peito como uma flecha.

Rezo por dias melhores, por dias frios, por dias cinzentos que possam me transformar e deixar a alegria adentrar ao meu coração...

il y a encore des noisetiers

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